quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Comercialização da malva


A comercialização da malva é um dos gargalhos da produção de malva. Os produtores rurais obtém as sementes de malva junto ao IDAM, mas a quantidade dada para cada agricultor é insuficiente. Por isso, os produtores rurais obtém semente junto aos patrões e marreteiros que fornecem semente na época do plantio e recebem em fibra na época da colheita. Para cada kilo de semente, é cobrado 10 quilos de fibra, além do produtor rural ficar obrigado a vender sua produção para o fornecedor das sementes. Resolver esta situação da comercialização, é outro aspecto importante, assim como a disponibilização da máquina descortiçadora de malva.
Sepror quer transformar Manacapuru em pólo produtor de sementes de juta e malva
24/07/2007


O Secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, revelou na noite da segunda-feira, 23, em Manacapuru, que pretende transformar aquele município, que fica a 68 quiLõmetros de Manaus, em pólo produtor de sementes de juta e malva para tornar o Amazonas auto-suficiente na produção deste insumo.

Durante a solenidade de pagamento da última parcela do subsídio da juta e malva do exercício de 2006, que chegou a R$ 330 mil, repassados a produtores de oito municípios, incluindo Anamã, Caapiranga, Beruri, Manacapuru e Codajás, Eron reafirmou o compromisso do governo Eduardo Braga de invertir no fortalecimento das atividades produtivas.

De acordo com o secretário, apesar de o Amazonas ser o maior produtor de fibra de juta e malva, exatamente por causa da região de Manacapuru e seu entorno, ainda tem que importar as sementes do Pará.

"É uma vergonha que o maior produtor de fibra de malva e juta do País ainda tenha que importar sementes de outro estado para poder voltar a plantar a matéria prima. E Manacapuru tem condições de livrar o Amazonas desta dependência, mas será necessário o empenho de todos os envolvidos na cadeia produtiva, pois só para produzir o montante necessário de sementes, será preciso uma área de cerca de 300 hectares", afirmou.

Segundo ele, se o objetivo for alcançado, o quilo da semente, que custa, atualmente, R$ 15, vai passar a ser vendido a R$ 4, tornando-se mais viável para os produtores amazonenses.

Medidas Estruturantes

Para alcançar este objetivo, o secretário anunciou ainda uma série de medidas de apoio. A Sepror também vai instalar no município uma prensadeira de juta, que vai possibilitar a agregação de valor ao produto, aumentando em R$ 0,20 por quilo, a renda do produtor. A máquina deve ficar sob a responsabilidade da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru LTDA. (Comapem).

Cumprindo a programação no município, o secretário da Sepror seguiu para Vila Rica de Caviana (a 2h de Manacapuru) para a inauguração do 66° escritório do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam) no Estado. A Unidade vai atender a cerca de 1200 agricultores familiares que moram em 9 comunidades do Distrito, além de 305 famílias que vivem nos assentamentos PA Caviana/Pupunha e na PA Aquidabam (Repartimento do Tuiué e Lago do Timbó), ambos pertencentes ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

O escritório vai ser comandado pelo técnico agrícola Kelcen Bandeira e já está pronto para funcionar, contando inclusive com um alojamento para abrigar funcionários do Idam e Sepror que desloquem ao município para ministrar cursos. De acordo com o gerente da unidade, a primeira atividade a ser trabalhada será a citricultura, devido à grande demanda no distrito. As principais atividades desenvolvidas no distrito de Caviana são pupunha laranja, banana, açaí, mandioca, malva e juta.

Participaram da solenidade, além do secretário Eron Bezerra, o secretário executivo da Sepror, Ferdinando Barreto, o presidente da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Valdelino Cavalcante, o diretor técnico do Idam, José Ramonilson, e o prefeito de Manacapuru, Washington Régis.



Fonte: http://www.agecom.am.gov.br/noticia.php?cod=75

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Em 2009, já há uma nova versão aprimorada e bastante diferente da primeira versão apresentada aos agricultores das comunidades com as quais trabalhamos. A máquina ainda não foi entregue, mas gera bastante expectativas tanto nos agricultores como em nós pesquisadores, que apresentamos a idéia de uma máquina para melhorar a produção da malva, sobretudo no que diz respeito a insalubridade que esta atividade representa hoje para a vida destes produtores rurais. Entretanto, a consolidação do projeto de uma máquina que transforme consideravelmente a forma de produção da malva no estado, precisa ser cuidadosamente estudado, experimentado e suas consequencias avaliadas. Sem que haja certeza e previsibilidade das melhorias e possíveis perdas que a máquina representa para os agricultores familiares, não podemos levar para as famílias de produtores este instrumento que pretende fazer tantas transformações na vida dessas pessoas.

Na foto acima, pode-se observar agricultores da comunidade Bom Jesus, situado no paraná do Iauara, localidade considerada cinturão da malva em Manacapuru (AM). Ali, os produtores rurais tiram seu sustento predominantemente do cultivo da malva.

Máquina Decortiçadora de Malva


Na foto acima (2007), Sr. João do INCRA do Estado do Pará faz demonstração na comunidade Nossa Senhora das Graças, Costa do pesqueiro II, município de Manacapuru, AM, da máquina decortiçadora de malva, junto com o Prof. Adilson Hara, Doutor em agronomia, professor da UFAM e pesquisador do NUSEC.

Produção e Nova forma de Processamento de Malva


Desde 2005, o Núcleo de Socioeconomia com financiamento do Ministério de Ciência e Tecnologia (Programa Fome Zero) e Petrobrás procura uma forma de melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais das comunidades com as quais têm trabalhado. Uma alternativa encontrada pelo NUSEC é a máquina decortiçadora de malva, que visa tirar o agricultor da água na produção das fibras de malva.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


Esta foto mostra o processo de secagem das fibras de malva, processo que muda a paisagem das comunidades. As fibras exalam mal cheiro e um pó que causa alergias principalmente nas crianças e idosos.

Processo Tradicional de Produção da Malva


Esta foto retrata a parte mais insalubre do processo produtivo da malva em que os agricultores precisam ficar submersos para o defibramento.
A foto mostra adolescentes trabalhando na malva, trata-se de uma atividade produtiva árdua em que parte do processo os ribeirinhos precisam ficar submersos até à cintura na água com o intuito de separar as fibras das hastes de malva. O pesquisador Aldenor Ferreira, mestre em Sociedade e Cultura da Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas, estudou este processo tradicional de trabalho e tecnologias sociais que propõe novas formas de desfibramento da malva tirando o agricultor desta situação de insalubridade.
O NUSEC é formado por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores e estudantes da Universidade Federal do Amazonas, com vistas a desenvolver trocas interdisciplinares

Linhas de Pesquisa

. Indicadores sócio-econômicos para subsidiar políticas públicas e sociais para comunidades rurais amazônicas;
2. Sociobiodiversidade em áreas de várzea no Rio Solimões-Amazonas;
3. Formas de produção e reprodução sociocultural das comunidades tradicionais amazônicas;
4. Situações de ações de territorialização, poder e conflito em comunidades rurais amazônicas
Objetivos
O objetivo do núcleo consiste em apreender as diferentes formas de uso e recursos naturais, manejados por famílias ribeirinhas, identificando seus métodos de subsistência, comercialização e organização social. Desta forma, o NUSEC atua em diferentes áreas de estudo, caracterizando-se por uma perspectiva multidisciplinar em suas linhas de pesquisa.
Criado em 2002, o Núcleo de Socioeconomia (NUSEC) da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) vem desenvolvendo pesquisas multidisciplinares junto aos povos da Amazônia com o propósito de identificar a diversidade de grupos sociais e práticas culturais, tendo em vista os processos interativos entre esses povos e o meio ambiente em que vivem.
Núcleo de Socioeconomia