quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lançamento livros NUSEC


O núcleo de Socioeconomia convida todos para o lançamento dos livros A pesca na Amazônia Central: ecologia, conhecimento tradicional e formas de manejo e Agroecologia, extensão rural e sustentabilidade na Amazônia, neste sábado às 19h na Feira Internacional da Amazônia, no Studio 5.
Os livros são resultado dos projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos pelos pesquisadores do Núcleo. Organizados pelos docentes Therezinha de Jesus Pinto Fraxe e Antônio Carlos Witkoski, as obras são coletâneas de artigos produzidos por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento das ciências humanas e agrárias. Esperamos assim poder contribuir com as temáticas pesquisadas e ali expostas.
Atenciosamente,
Pesquisadores do NUSEC

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Ao lado, a capa do livro da tese de doutoramento de Therezinha de Jesus Pinto Fraxe, docente da Universidade Federal do Amazonas e coordenadora do Núcleo de Socioeconomia.
Cultura Cabocla-Ribeirinha: mitos, lendas e transculturalidade está voltado para diferentes leitores que se interessam pelo estudo da Amazônia, com a preocupação de mostrar como esta região se insere na cultura e economia de um mundo globalizado, tendo como ponto de partida a realidade local. Aqui está o grande mérito do pensamento de Therezinha de Jesus Pinto Fraxe sobre a Amazônia, quando parte do "conhecimento local" para ir além, pensar a Amazônia com o olhar de quem vive, ama e respeita este lugar.
Cabe ressaltar que, ao longo de todo o texto, o leitor é sempre informado das múltiplas sutilezas e características culturais da região amazônica, quando a autora descreve e analisa a cultura cabocla-ribeirinha da Costa da Terra Nova. Esta forma de descrever torna o texto agradável de ler e muito instrutivo, inclusive para os leitores não familiarizados com a cultura regional.
O livro é um "mergulho" no imaginário amazônico, com suas lendas, mitos e crendices, revisitadas pelos caboclos-ribeirinhos da Costa da Terra Nova. Trata-se de um "mergulho" mesmo, numa clara alusão à citação que a autora faz de um texto de Gaston Bachelard (1988), quando utiliza uma passagem desse autor sobre a "poética da água" - "é o elemento mais favorável para ilustrar os temas e combinação dos poderes. Ela assimila tantas substâncias! Traz para si tantas essências! Recebe com igual facilidade as matérias contrárias, o açúcar e o sal. Impregna-se de todas as cores, de todos os sabores, de todos os cheiros" - tudo isso, para reforçar o seu argumento de que a água, do rio e lagos do lugar, constitui referência mimética para um imaginário amazônico que nunca morre entre os habitantes da Costa da Terra Nova.

da apresentação de Sérgio Ivan Gil Braga, antropólogo, docente da Universidade Federal do Amazonas.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Therezinha de Jesus Pinto Fraxe


Therezinha de Jesus Pinto Fraxe é professora da Universidade Federal do Amazonas e coordenadora do Núcleo de Socioeconomia da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas. Possui Graduação em Agronomia pela UFAM e Mestrado e Doutorado em Sociologia pela UFCE. Suas principais publicações são "Homens Anfíbios: etnografia de um campesinato das águas", sua dissertação de mestrado, e "Cultura Cabolca-Ribeirinha: mitos, lendas e transculturalidades", sua tese de doutorado.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sistemas Agroflorestais como alternativa de sustentabilidade

De acordo com Albejamere Castro, Therezinha Fraxe, Jozane Santiago et all (2009), em artigo publicado na revista Acta Amazônica, os Sistemas Agroflorestais (SAFs) representam uma alternativa agroecológica de produção sustentável para agricultores familiares na várzea do Rio Solimões/Amazonas. As pesquisadoras apresentam no artigo "Os sistemas agroflorestais como alternativa de sustentabilidade em ecossistemas de várzea no Amazonas" as formas de apropriação e manejo dos recursos naturais nos subsistemas de roça, sítios e lagos na localidade Costa da Terra Nova, município de Careiro da Várzea, Amazonas. A utilização de SAFs, caracterizado pela diversidade de produtos e o manejo florestal por meio de técnicas tradicionalmente desenvolvidas, tem sido uma alternativa de recuperação de áreas degradadas.
Os povos tradicionais da Amazônia possuem um vasto conhecimento sobre o manejo de SAFs e desenvolvem técnicas produtivas que garantem o equilíbrio ecológico dos recursos naturais. Com a busca de alternativas de uso da terra na região, tem crescido a importância dos SAFs e a demanda por espécies de múltiplos usos. Daí, a necessidade de conhecer experiências existentes na vivência dos povos tradicionais e como estas podem contribuir na elaboração de novas alternativas de produção, implementando novos elementos e técnicas que intensifiquem práticas sustentáveis e melhorem a qualidade de vida de produtores rurais.