terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Feira do Produtor Rural - SEPROR


A Feira do Produtor Rural no estacionamento do Vivaldão foi uma iniciativa da SEPROR com o intuito de divulgar as atividades de pesquisa, ensino e extensão realizadas pela Universidade Federal do Amazonas. O Núcleo de Socioeconomia representou a instituição no evento mostrando seus princípais projetos em desenvolvimento por meio de banners, livros e cartilhas. O grupo de pesquisa em entomologia expôs um mostruário de insetos que ocorrem na Amazônia e o doutorando Adailton expôs duas colméias - protegidas em vidro - de abelhas sem ferrão.
A feira contou ainda com vários stands onde produtores mostravam seus produtos, seja criação de aves, mel, paçoca, artesanatos, biscoitos caseiros, entre outros.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Feira Internacional da Amazônia


As professoras Albejamere de Castro e Jozane Lima da Universidade Federal do Amazonas participaram como ouvintes na Feira Internacional da Amazônia - FIAM, no seminário Produção Orgânica e Sustentável na Amazônia. Comporam a mesa deste seminário, representantes do MAPA, MDA, ADS, Associação de Orgânicos do Brasil, SEPROR (Eron Bezerra), Empresa Organics Brasil, Ong Planeta Orgânico e Associação da Agrorisa Produtos Alimentícios Naturais, esta úlitma, uma cooperativa de produtores de guaraná orgânicos em Maués.
A produção de orgânicos tem um mercado muito promissor principalmente para a exportação dos produtos para países europeus, EUA e da Ásia. O açai e a água de coco em caixinha são produtos muito conhecidos destes países, embora pouco consumidos no mercado interno. Um mercado crescente são produtos orgânicos para os cuidados com bebês, como tecidos feitos com algodão orgânico e papinhas feita com frutas e outros produtos orgânicos.
Entretanto, na Amazônia, o extrativismo ainda é uma atividade mais praticada do que a agricultura. Ainda estamos vivenciando a Revolução Verde no estado, e a tendência da agricultura aqui praticada é a intensificação dos usos de agrotóxicos nos cultivos, indo na tendência contrária da produção orgânica. A falta de assistência técnica para os agricultores familiares por parte dos órgãos competentes é outro problema significativo.
Estes foram alguns dos desafios apresentados durante esta atividade da qual participamos na FIAM - 2009. Esperamos após este debate, trazer esta discussão para as comunidades com as quais trabalhamos com pesquisa e extensão por meio de cursos de capacitação e palestras sobre a produção orgânica. Trouxemos este debate em um dos projetos que submetemos em um edital do CNPq. Esperamos que o mesmo seja aprovado.

Suzete Camurça Nobre
Pesquisadora do Núcleo de Socioeconomia

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lançamento livros NUSEC


O núcleo de Socioeconomia convida todos para o lançamento dos livros A pesca na Amazônia Central: ecologia, conhecimento tradicional e formas de manejo e Agroecologia, extensão rural e sustentabilidade na Amazônia, neste sábado às 19h na Feira Internacional da Amazônia, no Studio 5.
Os livros são resultado dos projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos pelos pesquisadores do Núcleo. Organizados pelos docentes Therezinha de Jesus Pinto Fraxe e Antônio Carlos Witkoski, as obras são coletâneas de artigos produzidos por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento das ciências humanas e agrárias. Esperamos assim poder contribuir com as temáticas pesquisadas e ali expostas.
Atenciosamente,
Pesquisadores do NUSEC

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Ao lado, a capa do livro da tese de doutoramento de Therezinha de Jesus Pinto Fraxe, docente da Universidade Federal do Amazonas e coordenadora do Núcleo de Socioeconomia.
Cultura Cabocla-Ribeirinha: mitos, lendas e transculturalidade está voltado para diferentes leitores que se interessam pelo estudo da Amazônia, com a preocupação de mostrar como esta região se insere na cultura e economia de um mundo globalizado, tendo como ponto de partida a realidade local. Aqui está o grande mérito do pensamento de Therezinha de Jesus Pinto Fraxe sobre a Amazônia, quando parte do "conhecimento local" para ir além, pensar a Amazônia com o olhar de quem vive, ama e respeita este lugar.
Cabe ressaltar que, ao longo de todo o texto, o leitor é sempre informado das múltiplas sutilezas e características culturais da região amazônica, quando a autora descreve e analisa a cultura cabocla-ribeirinha da Costa da Terra Nova. Esta forma de descrever torna o texto agradável de ler e muito instrutivo, inclusive para os leitores não familiarizados com a cultura regional.
O livro é um "mergulho" no imaginário amazônico, com suas lendas, mitos e crendices, revisitadas pelos caboclos-ribeirinhos da Costa da Terra Nova. Trata-se de um "mergulho" mesmo, numa clara alusão à citação que a autora faz de um texto de Gaston Bachelard (1988), quando utiliza uma passagem desse autor sobre a "poética da água" - "é o elemento mais favorável para ilustrar os temas e combinação dos poderes. Ela assimila tantas substâncias! Traz para si tantas essências! Recebe com igual facilidade as matérias contrárias, o açúcar e o sal. Impregna-se de todas as cores, de todos os sabores, de todos os cheiros" - tudo isso, para reforçar o seu argumento de que a água, do rio e lagos do lugar, constitui referência mimética para um imaginário amazônico que nunca morre entre os habitantes da Costa da Terra Nova.

da apresentação de Sérgio Ivan Gil Braga, antropólogo, docente da Universidade Federal do Amazonas.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Therezinha de Jesus Pinto Fraxe


Therezinha de Jesus Pinto Fraxe é professora da Universidade Federal do Amazonas e coordenadora do Núcleo de Socioeconomia da Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas. Possui Graduação em Agronomia pela UFAM e Mestrado e Doutorado em Sociologia pela UFCE. Suas principais publicações são "Homens Anfíbios: etnografia de um campesinato das águas", sua dissertação de mestrado, e "Cultura Cabolca-Ribeirinha: mitos, lendas e transculturalidades", sua tese de doutorado.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sistemas Agroflorestais como alternativa de sustentabilidade

De acordo com Albejamere Castro, Therezinha Fraxe, Jozane Santiago et all (2009), em artigo publicado na revista Acta Amazônica, os Sistemas Agroflorestais (SAFs) representam uma alternativa agroecológica de produção sustentável para agricultores familiares na várzea do Rio Solimões/Amazonas. As pesquisadoras apresentam no artigo "Os sistemas agroflorestais como alternativa de sustentabilidade em ecossistemas de várzea no Amazonas" as formas de apropriação e manejo dos recursos naturais nos subsistemas de roça, sítios e lagos na localidade Costa da Terra Nova, município de Careiro da Várzea, Amazonas. A utilização de SAFs, caracterizado pela diversidade de produtos e o manejo florestal por meio de técnicas tradicionalmente desenvolvidas, tem sido uma alternativa de recuperação de áreas degradadas.
Os povos tradicionais da Amazônia possuem um vasto conhecimento sobre o manejo de SAFs e desenvolvem técnicas produtivas que garantem o equilíbrio ecológico dos recursos naturais. Com a busca de alternativas de uso da terra na região, tem crescido a importância dos SAFs e a demanda por espécies de múltiplos usos. Daí, a necessidade de conhecer experiências existentes na vivência dos povos tradicionais e como estas podem contribuir na elaboração de novas alternativas de produção, implementando novos elementos e técnicas que intensifiquem práticas sustentáveis e melhorem a qualidade de vida de produtores rurais.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Comercialização da malva


A comercialização da malva é um dos gargalhos da produção de malva. Os produtores rurais obtém as sementes de malva junto ao IDAM, mas a quantidade dada para cada agricultor é insuficiente. Por isso, os produtores rurais obtém semente junto aos patrões e marreteiros que fornecem semente na época do plantio e recebem em fibra na época da colheita. Para cada kilo de semente, é cobrado 10 quilos de fibra, além do produtor rural ficar obrigado a vender sua produção para o fornecedor das sementes. Resolver esta situação da comercialização, é outro aspecto importante, assim como a disponibilização da máquina descortiçadora de malva.
Sepror quer transformar Manacapuru em pólo produtor de sementes de juta e malva
24/07/2007


O Secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, revelou na noite da segunda-feira, 23, em Manacapuru, que pretende transformar aquele município, que fica a 68 quiLõmetros de Manaus, em pólo produtor de sementes de juta e malva para tornar o Amazonas auto-suficiente na produção deste insumo.

Durante a solenidade de pagamento da última parcela do subsídio da juta e malva do exercício de 2006, que chegou a R$ 330 mil, repassados a produtores de oito municípios, incluindo Anamã, Caapiranga, Beruri, Manacapuru e Codajás, Eron reafirmou o compromisso do governo Eduardo Braga de invertir no fortalecimento das atividades produtivas.

De acordo com o secretário, apesar de o Amazonas ser o maior produtor de fibra de juta e malva, exatamente por causa da região de Manacapuru e seu entorno, ainda tem que importar as sementes do Pará.

"É uma vergonha que o maior produtor de fibra de malva e juta do País ainda tenha que importar sementes de outro estado para poder voltar a plantar a matéria prima. E Manacapuru tem condições de livrar o Amazonas desta dependência, mas será necessário o empenho de todos os envolvidos na cadeia produtiva, pois só para produzir o montante necessário de sementes, será preciso uma área de cerca de 300 hectares", afirmou.

Segundo ele, se o objetivo for alcançado, o quilo da semente, que custa, atualmente, R$ 15, vai passar a ser vendido a R$ 4, tornando-se mais viável para os produtores amazonenses.

Medidas Estruturantes

Para alcançar este objetivo, o secretário anunciou ainda uma série de medidas de apoio. A Sepror também vai instalar no município uma prensadeira de juta, que vai possibilitar a agregação de valor ao produto, aumentando em R$ 0,20 por quilo, a renda do produtor. A máquina deve ficar sob a responsabilidade da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru LTDA. (Comapem).

Cumprindo a programação no município, o secretário da Sepror seguiu para Vila Rica de Caviana (a 2h de Manacapuru) para a inauguração do 66° escritório do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam) no Estado. A Unidade vai atender a cerca de 1200 agricultores familiares que moram em 9 comunidades do Distrito, além de 305 famílias que vivem nos assentamentos PA Caviana/Pupunha e na PA Aquidabam (Repartimento do Tuiué e Lago do Timbó), ambos pertencentes ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

O escritório vai ser comandado pelo técnico agrícola Kelcen Bandeira e já está pronto para funcionar, contando inclusive com um alojamento para abrigar funcionários do Idam e Sepror que desloquem ao município para ministrar cursos. De acordo com o gerente da unidade, a primeira atividade a ser trabalhada será a citricultura, devido à grande demanda no distrito. As principais atividades desenvolvidas no distrito de Caviana são pupunha laranja, banana, açaí, mandioca, malva e juta.

Participaram da solenidade, além do secretário Eron Bezerra, o secretário executivo da Sepror, Ferdinando Barreto, o presidente da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Valdelino Cavalcante, o diretor técnico do Idam, José Ramonilson, e o prefeito de Manacapuru, Washington Régis.



Fonte: http://www.agecom.am.gov.br/noticia.php?cod=75

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Em 2009, já há uma nova versão aprimorada e bastante diferente da primeira versão apresentada aos agricultores das comunidades com as quais trabalhamos. A máquina ainda não foi entregue, mas gera bastante expectativas tanto nos agricultores como em nós pesquisadores, que apresentamos a idéia de uma máquina para melhorar a produção da malva, sobretudo no que diz respeito a insalubridade que esta atividade representa hoje para a vida destes produtores rurais. Entretanto, a consolidação do projeto de uma máquina que transforme consideravelmente a forma de produção da malva no estado, precisa ser cuidadosamente estudado, experimentado e suas consequencias avaliadas. Sem que haja certeza e previsibilidade das melhorias e possíveis perdas que a máquina representa para os agricultores familiares, não podemos levar para as famílias de produtores este instrumento que pretende fazer tantas transformações na vida dessas pessoas.

Na foto acima, pode-se observar agricultores da comunidade Bom Jesus, situado no paraná do Iauara, localidade considerada cinturão da malva em Manacapuru (AM). Ali, os produtores rurais tiram seu sustento predominantemente do cultivo da malva.

Máquina Decortiçadora de Malva


Na foto acima (2007), Sr. João do INCRA do Estado do Pará faz demonstração na comunidade Nossa Senhora das Graças, Costa do pesqueiro II, município de Manacapuru, AM, da máquina decortiçadora de malva, junto com o Prof. Adilson Hara, Doutor em agronomia, professor da UFAM e pesquisador do NUSEC.

Produção e Nova forma de Processamento de Malva


Desde 2005, o Núcleo de Socioeconomia com financiamento do Ministério de Ciência e Tecnologia (Programa Fome Zero) e Petrobrás procura uma forma de melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais das comunidades com as quais têm trabalhado. Uma alternativa encontrada pelo NUSEC é a máquina decortiçadora de malva, que visa tirar o agricultor da água na produção das fibras de malva.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009


Esta foto mostra o processo de secagem das fibras de malva, processo que muda a paisagem das comunidades. As fibras exalam mal cheiro e um pó que causa alergias principalmente nas crianças e idosos.

Processo Tradicional de Produção da Malva


Esta foto retrata a parte mais insalubre do processo produtivo da malva em que os agricultores precisam ficar submersos para o defibramento.
A foto mostra adolescentes trabalhando na malva, trata-se de uma atividade produtiva árdua em que parte do processo os ribeirinhos precisam ficar submersos até à cintura na água com o intuito de separar as fibras das hastes de malva. O pesquisador Aldenor Ferreira, mestre em Sociedade e Cultura da Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas, estudou este processo tradicional de trabalho e tecnologias sociais que propõe novas formas de desfibramento da malva tirando o agricultor desta situação de insalubridade.
O NUSEC é formado por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores e estudantes da Universidade Federal do Amazonas, com vistas a desenvolver trocas interdisciplinares

Linhas de Pesquisa

. Indicadores sócio-econômicos para subsidiar políticas públicas e sociais para comunidades rurais amazônicas;
2. Sociobiodiversidade em áreas de várzea no Rio Solimões-Amazonas;
3. Formas de produção e reprodução sociocultural das comunidades tradicionais amazônicas;
4. Situações de ações de territorialização, poder e conflito em comunidades rurais amazônicas
Objetivos
O objetivo do núcleo consiste em apreender as diferentes formas de uso e recursos naturais, manejados por famílias ribeirinhas, identificando seus métodos de subsistência, comercialização e organização social. Desta forma, o NUSEC atua em diferentes áreas de estudo, caracterizando-se por uma perspectiva multidisciplinar em suas linhas de pesquisa.
Criado em 2002, o Núcleo de Socioeconomia (NUSEC) da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) vem desenvolvendo pesquisas multidisciplinares junto aos povos da Amazônia com o propósito de identificar a diversidade de grupos sociais e práticas culturais, tendo em vista os processos interativos entre esses povos e o meio ambiente em que vivem.
Núcleo de Socioeconomia